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domingo, 28 de setembro de 2014

294. Dirigir (Drive)

Meu coração está muito bêbado para dirigir e eu acho que o certo seria eu me afastar de você nesse momento. Mas ao invés disso, eu sempre acabo lhe entregando as chaves e pedindo para que dirija o meu coração noite adentro. Só exijo que deixe as chaves de volta pela manhã para que eu possa retomar o controle da situação.
Gosto de ver o jeito espontâneo que você sorri quando estou bêbado. Pena que tudo isso irá se desfazer com a chegada do sol sóbrio pela manhã fria.

"When my head tells me no... My heart tells me go..."

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

293. Por Quê Eu Luto? (Masterpiece)

Eu luto porque eu acredito no amanhã. Eu acredito no dia que vai chegar. Na promessa que será cumprida. No destino que será selado. É por isso que carrego essa face de combate. Essa expressão de quem está sempre pronto para lutar. Pode não ser tão claro, mas tenho meus motivos.
Eu luto pelo novo dia...
Pelo dia em que uma vela iluminará planetas.
Pelo dia em que verei o leão beijar o cervo.
Pelo dia em que não te verei chorando, pois eu serei e terei a solução dos seus problemas.
Pelo dia em que tudo será esclarecido e voltaremos a ser parte de um todo.
Eu luto pela obra-prima que nós nunca compreenderemos com clareza.
Óh, Deus! Nos diga a razão pela qual a juventude é desperdiçada com os jovens...

"God, tell us the reason youth is wasted on the young..."

sábado, 13 de setembro de 2014

292. Velejar (Sailing Away)

É engraçada a forma como me conecto com a água. É tão natural. É como um grão de areia que se conecta a uma concha e se transforma em algo tão impressionante. Mas isso não tira o meu pavor de me afogar...
Dos meus olhos formei um oceano, vasto, denso, repleto de sensações, pensamentos, sentimentos. Mas desta vez não, eu não serei arrastado pela onda novamente. Já me afoguei uma vez e agora eu vou emergir.
Todo aquele pavor, medo e angústia que me agoniava naufragou no meu oceano de lágrimas. E eu nem acredito como eu consegui superar tudo isso. O ontem pra mim é tão passado que parece anos.
Hoje já não existe mais o "juntos para sempre", apenas o "para sempre" ainda faz sentido, pois, de agora em diante, eu velejarei por esse oceano feito das lágrimas que chorei.

"It's here we say goodbye..."

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

291. Azul (Blue)

Ele parou diante daquela imensidão de azul. Diante de toda aquela tranquilidade e observou por longos minutos a calmaria incessante. Não entendia aquela paz perturbadora que emanava, mas aceitava-a por respeito.
O azul que nunca chamou-lhe a atenção agora estava ali, divido pela linha horizontal. Acima tons celestes, abaixo tons marinhos. "Que eu seja bem-vindo!" desejou o jovem. E, como que em um ritual, retirou sua roupa, como se isso lhe adiantasse de algo. Chorou, sentiu a água cair e retornar ao mar. "Parte de um todo..." pensou ele, que agora sentia a água tocar-lhe os pés.
Preferiu ficar nu, parado por mais alguns instantes, intermináveis instantes, sentindo o vento lhe acariciar o corpo, sem ninguém pra lhe incomodar ou censurar. Não há pudor. Só há amor. Vento. Água.

"De repente, caminhou. Foi sumindo. Entregando-se ao mar."



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

290. Felicidade Condicionada (Conditioned Joy)

Dizem por aí que a felicidade está escondida. Alguns alegam que é na natureza, no contato com os mais verdadeiros instintos humanos. Outros rebatem dizendo que é nas compras, nos amigos reunidos, no quanto se ganha e tem.
Acredito que a felicidade pode variar de acordo com a canção que toca, com o clima que faz lá fora, com a voz que chama nosso nome. A felicidade é condicionada às coisas que estão ao redor. Aos abraços aconchegantes, sorrisos sinceros e olhares instigantes.

"Talvez a felicidade esteja condicionada ao fato de sair por aí e deixar viver..."