Gosto do gosto que me alivia o desgosto de ter que talvez um dia te abandonar.
Traço um esboço linear do seu rosto toda vez que meu corpo quer te encontrar.
Sustento a carência por pura demência, e de tanta insistência acabo por exercitar a paciência.
A sensação de abandono por quase um ano é o motivo por eu estar assim.
Quando perco meu sono já nem mais reclamo, aceito o drama do início ao fim.
Talvez esteja em desuso essa minha técnica de poesia torta,
Mas alguém uma vez me disse que tudo que um dia vai, sempre volta.